Homenagem aos Professores – Texto de Elisa Bilaqui – Enviado no Grupo de WhatsApp dos Alunos do Coaching do Blog do DG.

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      Pessoal,

      No dia 15 de Outubro comemoramos o Dia dos Professores, profissionais pelos quais nutro enorme respeito e admiração.

      Atualmente tenho a felicidade de ser Professor, muito aprendendo com aqueles que me dão a alegria em compartilhar conhecimento.

      Recebi inúmeras mensagens de felicitação, e sou grato a cada uma delas. Resolvi publicar por aqui um texto escrito pela Elisa, Aluna e Amiga, profissional das mais capacitadas, um ser humano raro. Sempre atenta e disposta, externa com ternura palavras que me emocionaram quando as li. Com a autorização da Autora, segue a minha homenagem a cada um dos Professores de nosso país!

      Obrigado por tanto carinho!

      Um grande abraço,

      Arthur.

      Texto de Elisa Bilaqui – Enviado no Grupo de WhatsApp dos Alunos do Coaching do Blog do DG

      Queria aproveitar para contar uma história.

      Quando eu tinha mais gás, como professora, eu dispunha de um horário extraordinário, chamado por mim, Corujão.

      Consistia em aulas das 22h às 24h (meia-noite), para os alunos mais atrasados nos estudos (para os concursos pré-vestibulares).

      Eu nunca imaginei que se tornaria motivo de briga, quase a tapa,  entre os alunos regulares, pelo evidente inconveniente da hora.

      De tanto medo que eu tinha dos pais, de ser por eles processada (receber um processo), por eventualmente endoidecer os adolescentes, nunca nem cobrei o horário. O ECA é protetivo até do sono.

      Pois bem: a pessoa que mais comparecia ao Corujão era, teoricamente, uma menina com a vida ganha e, também, sem nenhuma chance de ser aprovada para o objetivo dela, no exame.

      Descendia de uma família de fazendeiros famosos, que deram até um Ministro da Agricultura ao Brasil.

      O prenome dela, Isadora. Prestem atenção ao nome: Isa, mulher, em hebraico. Dora, d’ ouro, de ouro.

      Tratava-se de uma menina realmente dourada, de boa família, muitíssimo bem-criada, com educação multilíngue, mas com dificuldade em Matemática e nunca nota dez. Definitivamente, nunca uma “nerd”. Mas não tinha preguiça.

      Era esse o lado mais de ouro,  para mim, naquela personalidade.

      Deixava o pai trancafiado dentro do carro, mofando por duas horas, muitas vezes a salvo de uma chuva torrencial de fim de ano, que desaguava em Rio Preto, para aprender alguma coisinha de História ou de Geografia, que, no frigir dos ovos, pouco ou nada faria de diferença na nota final da almejada GV.

      Havia pelo menos cinco outros alunos, com potencial e Matemática melhores do que a dela, para lograrem aprovação. 

      Pois bem, como esperado por mim, esta aluna não foi aprovada naquele ano.

      O que eu não sabia é que ela, em quem ninguém apostava nada, então, em termos de aprovação na dificultosa GV, seria, dois anos e meio à frente, aprovada.

      Disso, me veem duas lições.

      Nunca se ache incapaz. Pode ser que a gente não esteja preparada, agora, mas quem procura acha. Quem espera (tem esperança, mas se mexe), alcança. Insista, que a aprovação virá. Esta, a faceta mais fácil da história.

      E a parte que sempre me deixou pensativa. O que levava aquela menina a não ter preguiça? Sinceramente, não sei explicar. Era um pé-de-boi para o trabalho. Quem a tem como contratada atualmente, tem a possibilidade de contar com alguém ímpar, de uma capacidade inacreditável de arregaçar as mangas e de ir ao trabalho.

      Neste ponto, fico pensando: o que leva alguém aparentemente com a vida ganha, que já tem o seu próprio cartório (que não é exatamente pequeno) para tocar, que já tem consagrado seu trabalho (inclusive pedagógico, das aulas, e acadêmico, dos livros), a ter esse comprometimento de ajudar a gente a seguir em frente, mesmo com filhos pequenos, mesmo com mil projetos dez vezes mais rentosos, e que ainda por cima está de férias? Não sei responder.

      Eu não sei o significado de Arthur, mas, certamente, saberão todos, trata-se de alguém que não tem a menor preguiça em nos dar uma palavra, a palavra certa, na hora certa.

      Guercio, em italiano, é aquele que tem olho.

      Deve ser mesmo, pois no tardar da noite, de férias, o nosso Doutor Arthur sempre enxerga, dentre todos os grupos, dentre todos os alunos, a gente, e se faz presente, mesmo sem precisar, mesmo já tendo a nossa admiração.

      Nunca é demais, por isso, agradecer, Dr. Arthur, por a gente poder contar, neste grupo, com a sua atenção. Eu tenho a impressão que a descendência de imigrantes pode ajudar a explicar, mas pode até ser que não. Aquela outrora menina, hoje executiva em SP, é espanhola; o senhor, italiano.

      A gente precisa pensar melhor, mas o senhor tem aquela mesma qualidade da menina de ouro: não tem preguiça de fazer as coisas. E, agora, de nos dar atenção e alento para seguir com a nossa caminhada — umas mais, outras menos acidentadas. Nunca é demais dizer muito obrigada!

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