Artigo – O Cadarço Apertado – Arthur Del Guércio Neto.

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      Há algum tempo, anos, comprei um lindo tênis em uma viagem. Foi amor à primeira vista. Colorido, bom pra exercícios, preço atrativo…, diferentemente de certas compras, pois sim, sou um pouco indeciso, levei sem pensar!

      Ao chegar em casa, coloquei o novo par de tênis e realmente senti conforto. No entanto, notei algo que fugia ao meu padrão de normalidade: o cadarço estava passado de tal maneira que, quando dava o nó, o peito do pé ficava bem apertado, incomodado.

      Aparentemente uma simples tarefa: tirar o cadarço, passar do jeito que gostava e correr pro abraço!

      Massss…, como bom ser humano que sou, com minhas inúmeras limitações, incluindo a tão falada procrastinação, fui cozinhando a situação em “banho maria”… para que ter o trabalho de tirar o cadarço e passar novamente? Dava pra levar daquele jeito.

      Um ano se passou, depois o segundo ano e por fim chegou 2020, ano em que, na marra, fomos obrigados a ficar mais ociosos em alguns momentos, em decorrência da quarentena.

      Eis que me encho de firmeza e decido: vou trocar o cadarço do meu amado tênis colorido! Acordei numa manhã qualquer, nem me recordo o dia, e realizei a “hercúlea” tarefa. A sensação de calçar aquele tênis com o novo formato de cadarço era maravilhosa. Meu peito do pé não era mais incomodado e uma leveza tomou conta de mim.

      Ao mesmo tempo, fiquei pensando nas razões de ter demorado tanto para tomar uma atitude. O motivo de contar esse singelo caso, é nos fazer refletir sobre quantos cadarços apertados estamos protelando trocar em nossas vidas.

      Situações incômodas, indesejadas, que vamos suportando, amargando, vivendo, como se fosse normal tê-las ao nosso redor. Isso não é justo com o lindo dom que nos foi concedido de viver livres, plenamente e desprovidos de amarras desnecessárias.

      Isso não quer dizer que devemos sair tomando atitudes impensadas e bruscas, sob o argumento de que estamos sendo fiéis e justos com nossos anseios e pensamentos. Por outro lado, conviver sem uma razão plausível com incômodos é um fardo pesado e inútil.

      Que os seus e os meus cadarços apertados possam ser trocados com sapiência e ternura, para crescermos e evoluirmos como seres humanos.

      ARTHUR DEL GUÉRCIO NETO – Tabelião de Notas e Protestos em Itaquaquecetuba. Especialista em Direito Notarial e Registral. Especialista em Formação de Professores para a Educação Superior Jurídica. Escritor e Autor de Livros. Palestrante e Professor em diversas instituições, tratando de temas voltados ao Direito Notarial e Registral. Coordenador do Blog do DG (www.blogdodg.com.br)

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