A Língua Portuguesa e o entendimento científico

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      A Língua Portuguesa e o entendimento científico

      Os temas linguísticos, com suas implicações textuais, espalham-se por todos os ramos do conhecimento humano, com impactos diversos no dia a dia das pessoas. A Economia, por exemplo, não escapa disso. Ela é definida largamente como a ciência da escolha, “a capacidade que os agentes económicos têm em fazer escolhas racionais”*.

      A decisão aí implica o uso dos verbos escolher e preferir. Ao se escolher, prefere-se uma coisa a outra, seja por razões objetivas ou subjetivas. O correto uso desses verbos remete-nos a um recorrente problema gramátical: a regência verbal. Na primeira coluna para o blogdodg, já havíamos visto como um erro de regência pode levar a falhas na comunicação.

      A regência verbal diz respeito à necessidade de complemento para que um determinado verbo tenha sentido completo. Veja-se a questão da regência nas frases grifadas. Em Ele dormiu o verbo não pede complemento, pois seu sentido está completo; o que não ocorre em Ele prefere praia ao campo, porque quem prefere, prefere alguma coisa.

      Preferir pede dois complementos, um direto, “praia”, e outro indireto, isto é, antecedido pela preposição a, “ao campo”. Apenas para lembrar: o uso da conjunção que, com o verbo preferir, é incorreto; portanto, grafar é preferível que é gramaticalmente errado.

      A Gramática e a economia se reencontram em outro vício muito atual, inerente à concisão, ou economia textual, cujo objetivo é evitar um texto prolixo.

      A propósito, esse problema aparece em outra ciência, a jurídica. Segundo informação a que cheguei por intermédio do ilustre professor e notável jurista Thales Ferri Schoedl, um juiz de Patu, Rio Grande do Norte, condenou o advogado a ser conciso em sua petição, declarando a prolixidade contrária à celeridade processual.

      *Citação extraída de: – acesso: 28/03/2017

      Elói Alves é escritor, consultor linguístico, tradutor e professor; estudou Letras Clássicas na FFLCH-USP, licenciou-se em Língua Vernácula na FE-USP, é discente do curso de Direito da FMU- Liberdade; é autor de O Olhar de Lanceta: Ensaios Críticos sobre Literatura e Sociedade (2015), Contos Humanos (2013), As Pílulas do Santo Cristo (2012), Sob um céu cinzento (2014), entre outros; escreve em www.escritoreloialves.com.br

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