A ARTE E O VÍCIO NA INVERSÃO SINTÁTICA

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      A inversão sintática, que consiste na mudança da ordem dos elementos que compõem determinada oração gramatical, é construída intencionalmente por poetas e demais artistas da palavra. No entanto, usada em comunicação que exija objetividade e precisão na interpretação, como na informação, argumentação, contratos etc., pode causar problemas sérios aos interlocutores.

      Frases como “É preciso que ele deixe essa história para boi dormir de lado” e “Quando foi debater, o estudante já havia lido a notícia da greve na faculdade” carregam o vício da ambiguidade, isto é, levam a mais de uma interpretação devido, neste caso, à disposição inversa dos termos integrantes da oração.

      No primeiro exemplo, pode-se entender que é preciso deixar de lado a “história para boi dormir”, podendo-se inclusive recorrer à interpretação sociolinguística, ou que, de outra forma, “de lado” refira-se, literalmente, à posição em que o boi dorme. Já o segundo exemplo permite cogitar se a greve ocorre na faculdade ou se esta foi apenas o local onde ele teria lido a notícia.

      Elói Alves é escritor, consultor linguístico, tradutor e professor; estudou Letras Clássicas na FFLCH-USP, licenciou-se em Língua Vernácula na FE-USP, é discente do curso de Direito da FMU- Liberdade; é autor de O Olhar de Lanceta: Ensaios Críticos sobre Literatura e Sociedade (2015), Contos Humanos (2013), As Pílulas do Santo Cristo (2012), Sob um céu cinzento (2014), entre outros; escreve em www.escritoreloialves.com.br

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