Na última coluna do ano de 2016, o plano era abordar o real espírito da época natalina e da virada para 2017, incentivando a vivência de momentos de reflexão, paz e fraternidade, e deixando de lado a frenética busca por compras e bens materiais.
Faríamos um gancho para demonstrar os benefícios do protesto extrajudicial, que pode ser utilizado como ferramenta de recuperação de crédito pelos credores com valores a receber, muitos decorrentes do descontrole nos gastos pela maioria da população. Gratuito para o credor, rápido e eficaz, certamente é importante arma contra a inadimplência.
No entanto, o acidente aéreo, que praticamente dizimou a vida de todo o time da Chapecoense, além de outros seres humanos (jornalistas, colaboradores etc), mudou não só o destino dos passageiros da aeronave, mas também o teor da presente coluna.
Pelas primeiras notícias pós-evento, aparentemente a falta de combustível gerou o episódio, além da inobservância ao plano de voo.
Outras equipes já haviam sofrido nas mãos, ou melhor, asas, do citado avião, como a badalada seleção argentina. Não pretendemos julgar ou avaliar a postura do piloto, também proprietário da aeronave, em respeito ao seu óbito, assim como recomendamos que outros não o façam, até que se prove efetivamente a razão do impacto.
Os jogadores estavam eufóricos com a final internacional, fato inédito na história recente e bem-sucedida da Chape. A torcida nem se fale, ansiosa para gritar um “é campeão!” continental. O que era alegria, em instantes virou tristeza, traduzindo de maneira plena a efemeridade da vida. O time chegou efetivamente ao céu.
Caro leitor, faça bem conscientemente as escolhas de sua vida. Nem sempre, ou melhor, quase nunca o mais barato é adequado e seguro. Desconfie de tudo que fuja a uma normalidade, em especial quando a sua existência depender do serviço ou produto contratados.
Mais do que isso, ame, perdoe, comemore, chore, abrace, vibre, pois deixar para depois, pode significar não realizar. Viva! Viva a Chapecoense!